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10/03/2025
  • I N S P I R A T I O N  S E R I E S

    CRIAR E RESPIRAR - COM MAITÊ VALLEJOS

     Fotos: @fellipeditadi

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  • A arte da cerâmica carrega em si uma dualidade fascinante: ao mesmo tempo que exige paciência, também desafia a criatividade a se manifestar em formas e texturas. Para Maitê Vallejos, de 35 anos, essa dualidade foi o que a conquistou. Natural de Porto Alegre, mas com uma infância vivida no interior, em Rosário do Sul, sua trajetória profissional teve um ponto de partida bem diferente. Formada em Jornalismo, passou sete anos atuando como redatora em agência de publicidade antes de criar a Relicário Cerâmica, seu ateliê e espaço de experimentação. 

    A entrada no mundo da cerâmica aconteceu em 2019, quase como um refúgio. O ritmo acelerado e efêmero do trabalho publicitário não preenchia mais sua necessidade de criar algo duradouro. "Eu trabalhava muito com redação de anúncios e sentia que ficava horas em cima de algo que durava segundos. Faltava algo mais permanente", conta Maitê. Foi em meio a esse contexto que a cerâmica apareceu e, de imediato, fez sentido.

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  • Muito do que hoje define seu trabalho vem da forma como encara a rotina e o tempo. "A maior influência é ir na contramão da pressa dos dias de hoje", explica. Embora o desafio de transformar um hobby em negócio traga novas preocupações e responsabilidades, o processo artesanal da cerâmica ensina sobre paciência, espera e pausas necessárias. 

    O processo criativo de Maitê é construído de forma intuitiva, com inspirações que vêm de diferentes fontes. "Ainda estou entendendo a identidade do meu trabalho, mas me inspiro nos lugares que visito, nos livros que leio, nas formas dos objetos. Adoro ir a feiras de antiguidades para observar louças antigas, por exemplo." A natureza, artistas de diversas vertentes e exposições também têm um papel importante nessa construção visual e sensorial. 

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  • O maior obstáculo que encontrou não foi a técnica, mas a transição do lazer para o empreendimento. "Depois que a cerâmica deixou de ser um hobby, veio o desafio de entender como gerir um negócio, o quanto quero crescer e com quais clientes quero trabalhar sem perder minha essência", compartilha. Hoje, já não consegue tocar sozinha todos os processos e conta com um ajudante na produção para dar conta da demanda. 

    Para os que desejam se aventurar na cerâmica, Maitê compartilha um conselho valioso: "Começar pequeno, ir tateando". Fazer aulas, explorar diferentes técnicas e conversar com profissionais da área antes de dar passos maiores são atitudes fundamentais. "Tem gente que monta ateliê sem nunca ter tocado na argila. O clichê vale aqui: começar pelo começo. E ir com coragem, sempre." 

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